segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Vá se lá explicar isto

Ao longo de todo este ano ouvi muitas pessoas a dizerem:

"é a vida... os que vão primeiro são sempre os melhores..."

Então que raio estou cá eu a fazer?!

sábado, 4 de outubro de 2008

Passeio crítico pelas ruas do Montijo

Desta vez fomos ao Montijo passear...
É triste observar que todo o comércio tradicional está com os dias (até me atrevo a dizer horas) contados... O que não faltam são lojas vazias, espaços abandonados, edifícios em ruínas, ruas ocas onde se ouvem os passos da formiguinha trabalhadora.

Mas ainda assim, no meio deste cenário miserável, as gargalhadas foram incontroláveis!
Tenho pena de não poder acompanhar este post com umas belas fotos, mas ainda quero ir a tempo... um dia!

A pé e com tempo fomos passeando e observando tudo à nossa volta. Claro que também as pessoas são caricatas, algumas. Mas essa descrição seria... indiscreta! Vou apenas referir o que li e o que está à vista e comentários de todos...

Famoso mesmo é o Dr. Gabriel Braço Forte, médico urologista! Alguém precisa duma consulta?!

A poucos passos depará-mo-nos com esta: "vende-se ou aluga-se - o própio". Porque Próprios já há muitos!

Achámos que já eram coisas a mais mas parece que não acabam...

Numa rua em obras de longa duração encontrámos este letreiro: " Proibido estancionar". Mas estacionar já deve ser permitido...

E acho que o cúmulo foi ter chegado ao final desta bendita rua e ler num stand de automóveis "Stand Popó - Multimarcas"

Isto não existe!

domingo, 16 de março de 2008

Obrigada...

Recentemente ninguém tem recebido os meus e-mails parvos, aqueles que servem pa descontrair um cadixinho de vez em quando...
Mas a quem vou enviar este já sabe muito bem o que se passou nas últimas semanas e, por isso, escuso de o dizer aqui...
Quero agradecer-vos a todos o apoio, a força, os abraços, as conversas, as palavras que não existem... e, em especial a vossa verdadeira amizade! Como devem imaginar também não tenho mãos a medir com tantos de vocês a preocuparem-se comigo (o que é muito bom), mas é difícil responder a todos, especialmente nesta altura que tenho (por obrigação) tanta coisa para tratar, tanta coisa em que pensar e uma realidade que ainda não consigo encarar...E, por isso, peço-vos as minhas desculpas.
Achei que agradecer assim, embora não seja a coisa mais pessoal que pudesse arranjar, é uma forma de não me repetir muitas vezes e de vos dizer que, embora não tenha respondido a muitas mensagens, não me esqueci de vocês! Estou numa fase em que não consigo encarar a realidade nem acreditar que o que se passou foi mesmo verdade. Tenho-o aqui ao meu lado todos os dias e está tão perto e tão longe...
Estou a conhecer melhor o meu pai e tenho pena de não o ter conhecido assim antes nem ter compreendido antes certas e determinadas posições que ele tomava e que, agora, fazem todo o sentido... Tenho muito orgulho em ter o pai que tenho!
Mas, apesar de tudo, estou relativamente bem... tenho os meus altos e baixos mas tenho mesmo é que continuar, pois que remédio. É provável que não me vejam a rir tantas vezes e da mesma forma, como antes, tão cedo; é provável que reparem num ar mais pesado, cansado, num sorriso amarelo quando me perguntam se está tudo bem... é normal.. acho... Nem tão cedo vou poder dizer que "sim, está tudo bem" com grande convicção... mas o "sim, vai-se andando" parece-me uma boa opção.
Não me faz confusão falar do que se passou, e não quero que se sintam inibidos em perguntar alguma coisa. Não é por perguntarem que vai fazer pior... o pior já aconteceu... Se eu disser que não quero falar disso é porque estou num dia agitado, ou já falei muito sobre o assunto e sinto-me cansada, ou por qualquer outra razão que explique na altura... mas não é por não querer falar de vez. Vai custar sempre, é uma perda irreparável e insubstituível, vou ter de viver com isso e, um dia, aperceber-me da impossibilidade de voltar a sentir aquele abração de pai orgulhoso...
Ponho-me um pouco desse lado... dantes eu só estava desse lado... e sei que as pessoas têm sempre algum receio de dizer ou perguntar alguma coisa... de facto, não há muitas palavras que me possam confortar, mas qualquer coisa, mesmo que parva, serve... melhor que as palavras ainda são os "gestos", as atitudes... enfim, já sabem que eu sou aquela pessoa que defende sempre a comunicação e, por isso, já deviam esperar qualquer coisa assim...
Nestas alturas, infelizmente, é quando nos apercebemos melhor dos amigos que temos, da família que sempre tivémos e do namorado que vou ter sempre...
Obrigada mesmo!
Obrigada por...
  • ... terem vindo de tão longe só pa dar aquele abraço
  • ... enviarem mensagem e/ou telefonarem mesmo quando não há palavras a dizer
  • ... terem estado lá
  • ... se continuarem a preocupar
  • ... me tentarem animar
  • ... Obrigada por tudo!

... e tudo e tudo e tudo...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Se eu fosse "maior/melhor"...

  • ... teria mais de 1,61m, tinha umas pernas mais compridas e uns braços maiores. Seria proporcionalmente igual mas mais alta. Ou não!
  • ... teria concluido o curso há mais tempo e estaria agora a trabalhar e com um futuro organizado. Ou não!
  • ... teria mais de 25 anos, que, por si, já considero demasiados aniversários, e seria uma trintona (no mínimo) mas no seu melhor, claro. Ou não!
  • ... teria dinheiro para tudo o que quisesse e mais ainda. E podia dar tudo o que quisesse a toda a gente. Ou não!
  • ... seria conhecida por muitos, ambicionada por alguns, invejada por outros. Ou não!
  • ... não teria medos ou receios e enfrentaria tudo e todos com confiança e pouca cautela. E seria destemida. Ou não!
  • ... teria uma profissão de prestígio e um futuro brilhante pela frente! Seria bem recompensada pelo esforço e empenho. Ou não!
  • ... teria um hobbie de longa data, o qual o praticaria com todo o gosto e toda a alma. Seria a minha escapadela para extravasar quando estivesse em ponto de ebulição. Ou não!
  • ... seria estrategica e inteligentemente rebelde e radical de forma a marcar a diferença para mostrar que não sou igual a ninguém. E acabava por me tornar egocentricamente estupida. Ou não!
  • ... desfrutaria de todos os dias da minha vida sem ter que ir a uma consulta a não ser por mera rotina e precaução. Teria uma saúde de ferro. Ou não!
  • ... saberia tudo, a nível teórico e prático, e não precisaria de aprender nada. Seria uma mistura de enciclopédia, dicionário, livros técnicos de todas as ciências e matérias, nas mais variadas línguas existentes e/ou formas de comunicação (braille e gestual). Ou não!
  • Mas não seria eu! E não saberia...
... desfrutar das coisas simples da vida
... dar valor ao que tenho
... sonhar ou desejar
... por as ideias em ordem e reflectir
... definir o que quero e o que não quero
... distinguir diferenças e igualdades
... observar e aprender
... discernir sobre o bem e o mal
... Não saberia viver!
Sou como sou!
Não sou perfeita mas sou uma das pessoas mais felizes à face da terra!